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Bikini Kill

Postado em 06 de abril de 2006

Biografia originalmente publicada no site Dying Days

Por Alexandre Luzardo

O Bikini Kill foi uma das bandas mais agressivas a surgirem de um "movimento" conhecido como riot grrrl, surgido em Olympia (cidade universitária próxima a Seattle) no início dos anos 90, que pregava idéias feministas por meio do rock'n'roll.

Kathleen Hanna, como líder do Bikini Kill acabou se tornando um símbolo das riot grrrls. Os shows do Bikini Kill muitas vezes tinham um clima de confronto. Os homens presentes no show eram "convidados" a se afastar do palco, enquanto que as mulheres eram chamadas à frente onde recebiam zines e as letras das músicas, enquanto a banda destilava todo o seu peso. Kathleen era conhecida por tirar a camisa durante os shows e se apresentar com a palavra 'slut' escrita no abdomem ou nas costas. Uma imagem como essa bate de frente com as normas comerciais da indústria da música, mas Kathleen Hanna e o Bikini Kill não estava preocupados em vender a sua imagem da mesma forma em que elas pretendiam passar uma mensagem.

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A mensagem do Bikini Kill funciona como a própria definição do riot grrrl, uma mensagem feminista de fortalecimento e crescimento num cenário dominado pelos homens. A música pode ser classificada como punk, mas a música do riot grrrl é feminista e direcionada às jovens, transmitindo auto-respeito e união e pregando o respeito a cada indivíduo.

No entanto, cabe observar que as mulheres estiveram envolvidas no punk desde o início. No final dos anos 70, o punk era uma ácida resposta a comercialização do rock. As mulheres eram ativas na cena, com presença nas bandas Slits, Raincoats, Au Pairs, Girls at Our Best, Modettles, Delta 5, Shop Assistants e Liliputs. Mas essas bandas não ajudavam e divulgavam umas às outras, o que desperdiçava uma oportunidade de promoção do trabalho conjunto das bandas. No início dos anos 90, as garotas do riot grrrl retomaram a idéia do "faça você mesmo" do punk rock e passaram a surgir várias bandas novas, onde o Bikini Kill é fruto desse legado.

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O Bikini Kill foi efetivamente formado por volta de 1990 em Olympia, Washington por Kathleen Hanna, Tobi Vail and Kathi Wilcox com o intuito de lançar um fanzine, também chamado Bikini Kill. Para trazer mais vida a publicação, logo surgiu a idéia de formar uma banda, e para isso foi chamado o guitarrista Billy Boredom para completar a formação. Em 1991 foi gravada a demo "Revolution Girl Style Now" e a banda entrou em turnê pelos Estados Unidos junto com o Nation of Ulysses e depois se estabeleceu em Washington DC onde gravou o seu primeiro EP, intitulado simplesmente Bikini Kill, com o produtor Ian MacKaye (Fugazi).

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Em 1992 a banda excursionou pela costa leste, voou até o Hawaii para o Dia Internacional da Mulher, tocou vários shows em Washington DC, incluindo alguns shows beneficentes a favor da Pro-Choice (organização que luta pela legalização do aborto), que coincidiram com uma grande marcha que ocorreu em Washington para lutar pela causa. A banda esteve ainda em Nova York onde encontraram Joan Jett que demonstrou interesse na banda.

A banda excursionou também pela Inglaterra, ao lado da banda Huggy Bear (uma espécie de representante britânica do riot grrrl). As duas bandas dividiram o single "Yeah, Yeah, Yeah / Our Troubled Youth", lançado pela Catcall na Inglaterra e pela Kill Rock Stars nos Estados Unidos. Nessa época, o riot grrrl ganhava uma visibilidade sem precedentes e era destaque de reportagens e artigos na mídia tanto na Inglaterra quanto nos EUA.

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De volta aos EUA, a banda grava três músicas com Joan Jett e logo em seguida faz uma breve turnê pela California que inclui alguns shows com com o Fugazi. Durante o restante de 1993, a banda permanece inativa, trabalhando em projetos paralelos. Aproveitando a parada, a Kill Rock Stars lança o disco "The C.D. Version of the Two First Records", compilando o primeiro EP, e o single inglês.

Em 1994 é lançado "Pussy Whipped", propriamente o primeiro álbum da banda.

Em seguida, o Bikini Kill compõe novas músicas e faz uma mais uma turnê americana ao lado das bandas the Peechees, Tourettes, Metamatics, Slant 6, Free Kitten, Emily's Sassy, Lime, FYP, Dos e Go-Go's.

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No ano seguinte, após alguns shows abrindo para o Sonic Youth, a banda grava o álbum "Reject All American" em 10 dias com o produtor John Goodmanson, lançado pela Kill Rock Stars.

No fim de 1995, a banda embarca para um festival na Australia, tocando 5 shows ao lado de nomes de peso como Beastie Boys, Sonic Youth, Foo Fighters, the Amps, Pavemente, Beck, Rancid e outros. Em seguida, o Bikini Kill fez a sua própria turnê australiana e, na volta a Olympia, tocou dois shows no Hawaii.

Pouco depois do retorno a Olympia, a banda faz mais uma excurão pela costa leste americana e posteriormente uma turnê de sete semanas pela Europa.

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Nesse período, em 1996, é lançado o segundo álbum, "Reject All American" que acaba restrito ao público fiel da banda, já que, ao contrário do que aconteceu na época do lançamento do primeiro disco, o riot grrrl já não despertava o interesse e a curiosidade da mídia.

Ao final da turnê européia, a banda resolve permanecer inativa mais algum tempo, retornando na metade de 1997 para mais uma turnê na Austrália, seguido de alguns shows no Japão. Em Tóquio, o Bikini Kill realiza o último show de sua história. A banda trabalho em músicas novas no fim de 97, mas não chegou a gravá-las. Em abril de 1998 foi anunciado oficialmente o fim do Bikini Kill após uma carreira de 7 anos.

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Todos os ex-integrantes do Bikini Kill continuam ativos na música. Billy Karren, Tobi Vail e Kathi Wilcox lançaram um CD com uma coletânea dos singles lançados pelo projeto paralelo The Frumpies que eles mantém juntamente com a baterista Molly Neuman (da banda Bratmobile). Kathleen Hanna trabalhou com Joan Jett no disco Fetish de 1999. Também gravou um CD solo usando o nome Julie Ruin, bem como montou uma nova banda, chamada Le Tigre, que já lançou dois CD's até hoje.

Parte do texto e fotos tiradas do site: John's Humble Bikini Kill Page

http://www.unm.edu/~rocks/bikinis.htm - A True Original

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Fatos pitorescos de Kathleen Hanna:

Kathleen Hanna x Courtney Love:

Durante o Lollapalooza 95, Courtney Love agrediu Kathleen com um soco. O caso foi parar na justiça mas não teve maiores consequências. Courtney e Kathleen se encontravam nos bastidores do festival, do qual o Hole e o Sonic Youth (que estava sendo acompanhado por Kathleen naquela turnê). Durante o andamento festival, até acontecer a tal agressão, rolaram várias histórias e boatos sobre os acontecimentos entre as duas durante o Lollapalooza:

Courtney recebeu de um roadie um saquinho de batatas fritas. Ela agradeceu ao roadie e atirou as batatas em Kathleen, gritando "Ó, vai alimentar os sem-teto!" (Here, go feed the homeless") e depois saindo junto com a atriz Drew Barrymore (amiga de Courtney). Segundo o roadie, Kathleen recusou a oferta de Courntey dizendo que não gostava de silicone.

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No intervalo de um dos shows do Sonic Youth, Kathleen foi ao microfone e disse "o Hole é uma banda", querendo dizer que não se tratava apenas de Courtney (o que a própria Courtney aliás vivia repetindo).

No mesmo dia, Courtney perguntou ao pessoal do Sonic Youth em tom de ironia: "Oh, então Kathleen entrou na banda de vocês?"

Após a agressão, Kathleen propôs que o desentendimento entre as duas deveria ser esclarecido na palavra, em um debate sobre as questões feministas (Courntey era uma oposicionista do riot grrrl) em uma qualquer universidade que Courtney escolhesse. A resposta veio seca e ríspida: "Debate?! Mas você mal sabe ler".

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Depois que a briga das duas foi noticiada, Courntey deu uma explicação sobre o que aconteceu pela internet: "eventually my fist...met [Kathleen's] Rathead, and it was orgasmic."

Entenda a origem do ódio de Courtney:

Courtney não concordava com o riot grrrl e não queria que o Hole fosse identificado com o "movimento". Ela não simpatizava com a cena de Olympia. O Bikini Kill incluia Tobi Vail, que foi namorada de Kurt Cobain, que acusou Kurt de ter se vendido depois que o Nirvana fez sucesso. Kathleen assinou um contrato do Bikini Kill com a gravadora Kill Rock Stars, que é de propriedade de Slim Moon (outro inimigo de Courtney), para piorar, a Kill Rock Star também lançou material de Mary Lou Lord, mais uma ex-namorada de Kurt, que também faz parte da lista de ódio de Courtney.

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