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Celly Campello: o início do rock como expressão jovem no Brasil

Por Márcio Ribeiro (Creedance)
Postado em 06 de abril de 2006

Antes de Tony e Celly Campello, a produção de rock nacional era meramente uma tiração de sarro, movido por interesses exclusivamente comerciais. Um filão para artistas de várias vertentes quase sempre acima dos trinta anos. Não foi até os irmãos Tony e Celly Campello entrarem na cena musical que o rock realmente passou a ser uma expressão artistica jovem neste país. Com o impacto de Celly Campello, sua imagem de simpatia e carisma, além de sua voz perfeitamente clara e límpida, deu-se o inicio ao primeiro estilo de rock nacional que só mais tarde iria ganhar o nome de Jovem Guarda.

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Tony Campello nasceu Sérgio Birilli Campello no dia 24 de fevereiro de 1936 na cidade de São Paulo, segundo entre três crianças. Nascia seis anos depois a irmã caçula Célia Birilli Campello, em 18 de junho de 1942. A família mudaria pouco depois para Taubaté, interior do Estado, o verdadeirao berço de suas carreiras. Os irmãos teriam uma boa instrução musical, ambos tendo aulas de piano e violão, Célia também aprendendo balé.

Já com cinco anos, Célia se mostrava uma cantora extremamente afinada de voz clara e meiga. Estréia, por assim dizer, em festas do Rotary Club, que seus pais freqüêntavam. Aos seis estava cantando nas rádios. Sua estréia foi no programa Silva Neto da Rádio Difusora, mas também participou de programas da Rádio Cacique de Taubaté. Tornou-se rapidamente um nome conhecido na cidade. A pequena Célia se espelhava em cantoras como Ângela Maria e Doris Monteiro, e era delas que a menina tirava o seu repertório.

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Sérgio, por sua vez, depois de esgotar as possibilidades musicais no circuito de Taubaté, fez o caminho natural de ir a São Paulo. Conseguiu um lugar no grupo Ritmos OK e mais tarde, no Mário Genari e seu Conjunto. Ainda bem comum na época, bandas nacionais faziam gravações em inglês, como se fossem americanos. Esta era a época em que os laços entre os dois países iniciavam seu namoro comercial. Walt Disney desenvolve o personagem Zé Carioca e Orson Wells vem filmar no Brasil. Desta maneira, não foi nada incomum o fato de Mário Genari escrever algumas canções em inglês, ‘Forgive Me’ e ‘Handsome Boy’ que seriam gravadas pela crooner do conjunto, Celeste Novaes.

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No entanto, seu inglês mostrou na prática ser pouco convincente para a tarefa. Mário então entregou as canções para Sérgio cantar, pois sua base em inglês era o melhor entre os membros do conjunto. Sérgio gravou ‘Forgive Me’ mas como não pegava bem um homem cantar uma letra falando de um ‘Menino Bonito’, trouxe para o estúdio sua irmã Célia, então com quinze anos. Sua interpretação foi tão perfeita que a canção acabou sendo o lado A deste acetato lançado em 1958 pela Odeon.

Numa tramóia típica da época, um esquema foi montado para vender os irmãos como uma dupla americana. Assim Sergio se tornou Tony e Célia, Celly. O nome Celly aparentemente escolhido pela própria Célia, era o nome de sua boneca predileta. Campello continuou por exigência do pai dos dois adolescentes, o Sr. Nelson Campello. O novo nome artístico teria sua estreia no programa Campeões do Disco, da antiga TV Tupi, ainda em 1958. O estilo da Celly de cantar é facilmente identificado pelas divas brancas do rock caipira americano, com altas dosagens de country music. São cantoras como Brenda Lee e Connie Francis que mais chamam a atenção de Celly. Já Tony, dedica aos artistas americanos Johnnie Ray e Pat Boone a suas principais influências. Mas ambos são unânimes quanto à importância de Bill Halley e seus Cometas para o rock and roll.

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Após o sucesso de ‘Forgive Me’ e ‘Handsome Boy,’ os irmãos assinaram com a Odeon e lançaram antes de 1958 findar, cada um um compacto. Celly Campello grava "O Céu Mudou de Cor" / "Devotion", enquanto Tony Campello grava "Louco Por Amor" / "My Special Angel." Gravariam juntos também a canção "Canário," lançado com um lado B da Celly, "A Lenda da Conchinha." Todos esses discos eram ainda lançados em 78 rotações.

Com a chegada de 1959, veio outra série de compactos, mas o fenômeno aconteceu somente após Celly lançar "Estúpido Cupido", versão em português escrita por Fred Jorge para o grande hit americano, "Stupid Cupid" de Neil Sedaka e Howard Greenfield. O repertório de Celly é basicamente de versões, a maioria das quais, compostas por Fred Jorge. Não demorou muito para ela lançar o seu primeiro LP.

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ESTÚPIDO CUPIDO - Celly Campelo (1959)

01. Estúpido Cupido [Stupid Cupid] (Greenfield - Sedaka)
02. The Secret (Lubin - Roth)
03. Muito Jovem [Just Young] (Roberts)
04. Túnel do Amor [...Will Kiss In The Tunnel of Love] (Fisher - Roberts)
05. Handsome Boy (Celeste Novaes - Mário Gennari Filho)
06. Who's Sorry Now (Snyder - Kalmar - Ruby)
07. Broto Já Sabe Chorar [Heartaches at Sweet Sixteen] (Kosloff-Reld)
08. Fale-me Com Carinho [Dis-moi Quelque Chose de Gentil] (Misrak - Hornez)
09. Querido Cupido (Archimedes Messina - Fred Jorge)
10. Tammy (Livingston - Evans)
11. Melodie d'Amour (Lanjean - Salvador)
12. Lacinhos Cor de Rosa [Pink shoe laces] (Grant)

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Tony e Celly participariam ainda em uma pequena cena no filme "Jeca Tatu" de Milton Amaral, onde cantam juntos a canção "Tempo de Amar." Sérgio também, no rastro do sucesso da irmã, confirmou seu talento com seu primeiro LP:

TONY CAMPELLO - Tony Campello (1959)

01. Pobre de Mim [Poor Little Fool] (S. Sheeley)
02. My Special Angel (J. Duncan)
03. Louco Amor [Crazy Love] (Paul Anka)
04. Forgive Me (Celeste Novaes - Mário Gennari Filho)
05. Como Antes [Come Prima] (Taccani - Panzeri - Di Paola)
06. Oh! Baby (Ed Rossi - Mário Gennari Filho)
07. Goodbye (Ed Rossi - Mário Gennari Filho)
08. O Diário [The diary] (Greenfield - Sedaka)
09. Tenha Pena [Pity Pity] (J. Ergus - S. Lawrence)
10. As Time Goes Bye (H. Hupfeld)
11. Baby Rock (R. C. Nisa)
12. My Trudy (D. Day)

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Foi mesmo com "Estúpido Cupido" que o nome de Celly passou a ser conhecido. Mas foi com o programa de televisão "Crush em Hi Fi", da TV Record, que a imagem da menina sorridente e simpática conquistou os corações de pais e filhos nos grandes centros do país (não existia televisão no Brasil inteiro). O programa, que era conduzido por Tony e Celly, recebia uma gama de artistas, muitas vezes em inicio de carreira, e era no geral dirigido ao público jovem. Iniciado em 1960, o programa só saiu do ar em 1962, com a retirada de Celly da vida artística.

Neste mesmo ano, Celly Campello passa a ser reconhecida como a namoradinha do Brasil, título que ela passaria depois para a atriz Regina Duarte. Uma serie de produtos passaram a ser vendidos explorando a sua imagem. Os irmãos também continuaram lançando discos e tendo vendas respeitáveis dentro dos patamares da época. Celly lançaria dois long plays:

BROTO CERTINHO - Celly Campelo (1960)

01. Broto Certinho [One Woman Man] (Greenfield)
02. Billy (Archey)
03. To Know Him is to Love Him (Spector)
04. Querida Mamãe [Dear Mom and Dad] (Slay Jr. - Crews)
05. Over the Rainbow (Arlan - Harburg)
06. Frankie (Greenfield - Sedaka)
07. Banho de Lua [Tintarella di Luna](Fillippi - Migliacci)
08. Os Mandamentos do Broto (Fred Jorge - Mário Gennari Filho)
09. Para Mim e Você [For me and my gal](Leslie - Meyer - Goetz)
10. Broken Hearted Melody (Edwards - David)
11. Não Tenho Namorado [I Ain't No Steady Date] (Caballero)
12. Grande Amor [Instant Love] (Spielman - Draks)

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A BONEQUINHA QUE CANTA - Celly Campelo (1960)

01. Mal-Me-Quer [Please Don't Eat the Daisies] (Lubin)
02. Eternamente (De Angelis - Marcucci)
03. Minha Jóia (Mário Gennari Filho)
04. Broto Legal (Earnhart)
05. Broto Já Sabe Esquecer (Liszt)
06. Esta Noite (Merio - Welch)
07. O Meu Amor Vai Passar (Sidney Morais)
08. Sempre (Killen)
09. Só Para Elisa [Pour Élise](Beethoven)
10. Eu, Você e o Luar [Rocky Mountain Moon] (Mercer)
11. Unchained Melody (Zaret - North)
12. Jingle-Bell Rock (Boothe - Beal)

Também em 1960, Celly e seu irmão Tony fariam uma outra aparição no cinema, desta vez no filme "Zé do Periquito" de Mazaropi. Nele, cantam "Gostoso Mesmo é Namorar" (Heitor Carillo) ao lado de George Freedman, Paulo Molin e Carlão. Até o final do ano, Tony lançaria o seu segundo LP:

BABY... ROCK! - Tony Campelo (1960)

01. Romântica (D.Verde - R.Rascel)
02. Sonhador [Dream Lover] (B.Darin)
03. Livro do Coração [My Heart is an Open Book] (D.Pockriss)
04. Sem o Seu Amor [Since You've Been Gone] (Greenfield - Sedaka)
05. Ilusão (Belmiro Barrella)
06. Por Que? (Fred Jorge - Mário Gennari Filho)
07. Seja o Meu Amor [Alle Madchen Wollen Kussen] (Menke - Panas - Luth)
08. Cry (Kohlman)
09. Você Me Venceu [You're Knockin' Me Out] (Greenfield - Sedaka)
10. Sem Você (Fred Jorge - Belmiro Barrella)
11. Esqueça [Bellieve me] (T.Austin - J.Villa - B.Conte)
12. Mar de Amor [Sea of love] (G.Khoury - P.Baptiste)

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Enquanto a carreira de Tony Campello era respeitado, nada se comparava ao sucesso de Celly Campello. Em 1961, ela seria oficialmente declarada a ‘Rainha do Rock do Brasil’ pela "Revista do Rock", junto com Sergio Murillo, eleito Rei. O título e o sucesso continuo de seu programa de televisão só facilitaram ainda mais a promoção de seus próximos lançamentos. Sai em 1961 o novo disco, que Celly dedica todo a Paul Anka.O estatus de namoradinha do Brasil lhe deu oportunidade de conhecer alguns de seus artistas internacionais preferidos quando estes fizeram algumas passagem pela cidade. Assim, Celly conheceu e recebeu em sua casa Neil Sedaka e Connie Francis.

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A GRAÇA DE CELLY E AS MÚSICAS DE PAUL ANKA
Celly Campelo (1961)

01. Gosto de Você, Meu Bem [I Love You Baby] (Paul Anka)
02. Hey Mama (Paul Anka)
03. Não Me Deixe [Don't Ever Leave Me] (Paul Anka)
04. Meu Amor [I love you] (Paul Anka)
05. Isso É Amor [That's love] (Paul Anka)
06. Diz Que Me Amas [Tell Me That You Love Me] (Paul Anka)
07. Teddy (Paul Anka)
08. É o Amor, Sim [It's Really Love] (Paul Anka)
09. Trem do Amor [Train of Love] (Paul Anka)
10. Garota Solitária [Lonely Girl] (Paul Anka)
11. Isto É Adeus [So It's Goodbye] (Paul Anka)
12. Diga, Querido [Talk To Me baby] (Paul Anka)

BROTINHO ENCANTADOR - Celly Campelo (1961)

01. Flamengo Rock (Malgoni)
02. O Jolly Joker [Der Jolly Joker] (Pinelli - Scharfenberger - Ström)
03. Angel, Angel (Felice - Bryant)
04. Hey, Boys Wow Do You Do (Pinelli - Scharfenberger - Ström)
05. A Lenda da Conchinha (Marilena)
06. Little Devil (Greenfield - Sedaka)
07. Presidente dos Brotos [That's All You Gotta Do] (Reed)
08. Índio Sabido [Indian Giver] (Gold - Schroeder - Well)
09. Juntinhos [Together] (DeSylva - Henderson - Brown)
10. Ordens Demais [Too Many Reeles] (Stirling - Temkin)
11. Tchau Baby Tchau [Angel of Love] (Garson - Shuman)
12. Runaway (Del Shannon - Crook)

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Sérgio começava a atuar também nos bastidores das gravações. Além de servir como diretor musical na carreira da irmã, atuou diretamente com outros artistas da época como Carlos Gonzaga e The Clevers. Seu terceiro LP, o novamente auto intitulado "Tony Campello" seguiu com as seguintes gravações:

TONY CAMPELLO - Tony Campello (1961)

01. Baby Face (Davis - Akst)
02. Blue Moon (L.Hart - R.Rodgers)
03. Enxutinha [Pretty baby](E.V.Alstyne - T.Jackson)
04. My Melancholy Baby (Burnett - Norton)
05. Margie (Robinson - D.Conrad)
06. Yes Sir, That's My Baby (Kahn - Donaldson)
07. Chérie (Lowe - Appell - Mann)
08. Querida Susie [Susie darlin'] (R.Luke Jr.)
09. Dreamin' (T.Ellis - B.Vorzon)
10. Escola de Rock [Swingin' School] (Lowe - Appell - Mann)
11. Wild One (Lowe - Appell - Mann)
12. Broto Sem Igual [Good Time Baby] (Lowe - Appell - Mann)

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Em maio de 1962, casa com José Eduardo Gomes Chacon, então contador da Petrobras e larga sua carreira artística para cuidar da casa e criar uma familia. Como Célia Campello Gomes Chacon, optou pela carreira de dona de casa e mãe 24 horas, dando a luz para o casal de filhos, Eduardo e Cristina. Sua opção embora espelhasse a mentalidade natural de uma era antiga, onde a carreira de uma mulher era mesmo a de ser uma boa mãe e boa dona de casa, ainda assim pegou seu irmão e centenas de fãs de surpresa. É difícil hoje em dia avaliar de quanto ela abidicou em termos artísticos, ao se retirar do meio. Mas as sementes que ela plantou já germinavam por boa parte do Brasil, mormente no chamado sul maravilha.

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Tony Campello continuaria a gravar e manter uma carreira ativa diante dos palcos até 1966. Depois, ele passou a se concentrar mais da direção musical de grupos emergentes. Tony trabalhou diretamente com talentos novos como Sérgio Reis (que antes de se firmar no sertanejo, se lançara como roqueiro), Deno & Dino, Silvinha, e The Teenage Singers (grupo vocal feminino que conta com a adolescente Rita Lee), entre tantos outros. Tony também gravaria e lançaria a canção "Pertinho do Mar," uma das ainda raras e divertidas tentativas de rock no estilo de surf music, feitos no Brasil. Seus discos porém, iria conter cada vez mais versões de material italiano, engraçadinhos, porém sem a mesma aura de sucesso que seu material inicial.

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Em 1968, Celly Campello retorna aos estúdios e grava o álbum intitulado simplesmente "Celly." Ela chegou a participar de alguns festivais de musicas durante o periodo até 1971, porém canções como "Marquei Um Encontro Com Você Em Meus Sonhos" e "Mar de Rosas", fizeram pouco para reiniciar sua carreira. O Brasil era diferente aquele de ’62, vivendo agora as realidades civis da lei AI-5. Tony também em 1970 lança o seu último álbum, novamente auto intitulado "Tony Campello." A Jovem Guarda que os dois irmãos inadvertidamente iniciaram no inicio da década de sessenta, já era no final da década uma coisa passada. O Tropicalismo igualmente estava vivendo o seu fim, com dois de seus principais personagens, Caetano Veloso e Gilberto Gil vivendo na Inglaterra em exilio.

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Precisou o escritor Mario Prata junto com a Rede Globo de Televisão colocar na ar a novela Estúpido Cupido, recriando o clima do início da década em uma pequena cidade no interior paulista, para colocar toda a nação para reviver Celly. Por uma sugestão de Mario Prata Celly Campello foi contratada para aparecer em quatro episodios, e a novela passou de 75 para 92 pontos de audiência, segundo estatísticas do IBOPE. Aproveitando o bom momento, Celly gravou como artista da RCA o que seria seu último disco, "Celly Campello", e excursionou o país inteiro em show com várias atrações de sua época. Nomes como o do irmão Tony Campello, mais Ronnie Cord, George Friedman, Baby Santiago e Dan Rockabilly. Segundo ela própria, lucrou mais do que em toda sua carreira de sucesso no inicio da década.

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O lucrativo ano de ‘76 ainda renderia uma participação no filme "Ritmo Alucinante" ao lado do irmão Tony Campello mais antigos fãs como Rita Lee, Erasmo Carlos e Raul Seixas, e novos como Vímana e O Terço. Em uma entrevista concedida em 1993, Celly deixa entender que foi somente após este periodo de revival, que ela começou a tomar consciência da sua impotância para a história musical do país.

Em 1996, Celly descobre que está com câncer na mama. Após cirurgia e tratamento à base de quimioterapia, os médicos a consideraram curada. Depois o câncer foi identificado em uma de suas costelas, mal que acabou atingindo a pleura. Uma nova operação e mais quimoterapia não abalaram a moral ou esperanças da eterna ‘Broto Legal’. No entanto, internada novamente no dia 20 de Fevereiro, no Hospital Samaritano, Celly Campello acaba por falecer no dia 4 de março de 2003. O sepultamento se deu no dia seguinte no Cemitério dos Flamboyants na cidade de Campinas onde ela residia. Ela deixa o marido, dois filhos e três netos.

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