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Monkees

Por Márcio Ribeiro
Postado em 06 de abril de 2006

Tradução livre do texto escrito por
John Clayton e John Tobler, com insights
e dados esparsos de Creedance.

Tá legal que os Monkees nasceram como substrato de um movimento autêntico. A versão sintética televisiva do que eram os Beatles. Mas as músicas são muito bem arranjadas e bem cantadas. É preconceito ignorar o valor musical por causa da "macaquice" do seriado fútil, porém inocentemente divertido. Eu gosto dos Monkees, embora não leve nada muito comercial a sério. Para aqueles que também gostam ou tenham curiosidade sobre, conto aqui a história de como tudo começou.

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Atrasem seus relógios para 1966. Com o mega-sucesso dos Beatles, a indústria fonográfica tivera um boom inimaginável e toda uma geração de jovens tinha uma música que os representava. A América, berço do Rock nos anos 50, perdia espaço para a Inglaterra no quesito novidade para venda em massa nesta primeira metade dos anos 60. "Um Rostinho bonito com um corte de cabelo impecável"; foi assim que Mick Jagger certa vez definiu a mentalidade da pop-music. Sex Appeal no rock americano era o que estava em falta no mercado de 66. Ou pelo menos assim pensavam Bob Rafelson e Bert Schneiderm, dois jovens produtores que trabalhavam para a Screen Gems em Hollywood. Foram esses dois que montaram a idéia do seriado.

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O mote seria a história de quatro rapazes de uma banda de rock que moram juntos, e suas aventuras para poderem pagar o aluguel no final do mês. Aparentemente havia duas correntes de pensamento para a escolha dos jovens para esta banda. Uma de que se usariam músicos como atores e outra de que não queriam músicos verdadeiros. A razão de abominar um músico para um seriado sobre músicos é que os músicos verdadeiros iriam querer gravar discos, fazer turnês e querer ter todas aquelas obrigações e delírios que uma verdadeira banda tem. Isto aqui era televisão!

Mesmo assim Frankie Avalon chegou a ser seriamente cogitado como também cogitaram usar o Lovin' Spoonful, porém a corrente que queria desconhecidos vencera. Na audição para escolher os quatro, apareceram 437. Entre os recusados que mais tarde ficaram famosos constam Stephen Stills (Buffalo Springfield), Paul Williams e Danny Hutton (Three Dog Night).

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A lista caiu para trinta e depois para os quatro desconhecidos que agora coletivamente eram chamados de The Monkees. Iniciaram treinamento e aprenderam arduamente as técnicas de representar exigidas para televisão. Vejamos o que cada um fazia até então:

Mike Neesmith, que sempre preferiu ser chamado de Michael, veio de uma pequena e pacata cidade chamada Farmer's Branch, no Texas. Ele se interessou por música no 2º Grau e rapidamente se tornou um bom guitarrista e letrista. Tanto que teve uma de suas músicas gravadas pelo pouco conhecido Denny Ezba, chamada "Go Somewhere And Cry", em que Mike acompanha na guitarra rítmica. Convencido por uma amiga a imigrar para a Califórnia, Mike conseguiu um contrato com o selo obscuro Omnibus. Formou o trio Mike, John and Bill e gravou outra música sua, o single "How Can You Kiss Me?" ,que não o levou a nada. Entre outras tentativas, houve a sua ligação com the Survivors e seu trabalho como mestre de cerimônias no Trobadour Club, onde tocaram futuros superstars do country rock como Linda Ronstadt e os Eagles. Sabe-se que ele teve algumas músicas suas gravadas por outro selo, a Colpix, com o pseudônimo de Michael Blessing. Desconfia-se que esses trabalhos pela Colpix penderam favoravelmente para a sua escolha pelos produtores do seriado, já que a Colpix é a gravadora da Screen Gems. Neesmith nem confirma nem desmente.

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Davy Jones foi escolhido mesmo antes das audições. Ele já tinha contrato com a Colpix e era um ator com muita experiência em teatro. Nascido em Manchester, Inglaterra, representou na peça "Coronation Street" antes de embarcar para New York onde foi estrela do sucesso da Broadway chamado "Oliver". Viajou toda América com a peça "Pickwick" e depois, já na costa oeste, gravou um disco com canções teatrais pela Colpix, no ano de 65.

Peter Thorkelson nasceu em New York, filho de imigrantes Noruegueses. Tocou nos diversos clubes do circuito folk da época como cantor e guitarrista, sendo bom também no banjo e teclados. Mudou-se para a Califórnia atraído pela possibilidade de ganhar dinheiro mais rapidamente na terra do ouro. Na prática ele embarcou numa carreira solo de lavador de pratos até aparecerem as audições para o seriado. A produção resolveu mudar seu nome para Tork para evitar que escrevessem ou pronunciassem seu nome de forma errônea.

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Micky Dolenz nasceu em Los Angeles, filho de George Dolenz, ator teatral famoso no estado. Foi estrela do seriado "O Menino Do Circo" nos anos cinqüenta, aos dez anos de idade. Atuou nas novelas "Peyton Place" e no seriado "Ben Casey", além de ter passado um pequeno período como guitarrista de uma banda chamada Missing Links, que chegou a gravar um single e depois sumiu.

The Monkees, com dois ‘es’, uma corruptela equivalente ao "ea" dos Beatles, preparavam-se para filmar seu primeiro piloto, um episódio de teste para ser visto exclusivamente pela produção, os executivos e patrocinadores. Se estes gostassem, aí sim, começarim as filmagens para o seriado ir para o ar. Cada membro ganhou o seu papel: Tork era o burrinho; Nesmith, o líder maduro e sensato; Jones, o bonitinho e Dolenz, o pirado inconseqüente.

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A NBC comprou a idéia e o contrato previa exposição de costa a costa. Com isso começou a rotina de filmagens, seis dias da semana para dois episódios - de meia hora cada - semanais.

Como eles formavam uma banda, haveria logicamente música nos programas. Havia toda uma equipe trabalhando na parte musical totalmente a parte da equipe de filmagem. Na produção e supervisão estava Don Kirshner, descobridor de talentos como Carrile Quina, Neil Sadaka e Neil Diamond, entre outros. Para compor as músicas inéditas e o tema para abrir e fechar cada programa, Kirshner escalou a dupla Bobby Hart e Tommy Boyce. Os músicos eram os melhores sessionmen que havia em Los Angeles. Eram nomes como Leon Russell, Hal Blaine e Glen Campbell entre outros. Com toda a base pronta entravam os quatro Monkees para colocarem suas vozes. Com a agenda de filmagens apertada, seria impensável tê-los acompanhando todo o processo de gravação e não era mesmo interesse de ninguém da produção que os "atores" se distraíssem com isto.

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O programa estreou na segunda semana de Setembro. Duas semanas depois lançaram "Last Train To Clarksville" pelo selo Colagram, especialmente criado para a banda. A canção foi direto para o Top Twenty (as 20 melhores da semana). Em um mês era número um, se tornando a primeira de uma série de discos de ouro, atingindo a marca de um milhão de discos vendidos. O primeiro LP, "The Monkees", também foi para número um, ficando lá por quinze semanas e colhendo o status de disco de ouro pelo caminho.

A reação do público foi de histeria instantânea com a máquina para marketing a pleno vapor. Como na Beatlemania, a Monkeemania incluía todo tipo de artefatos e souvenirs como camisetas, posters, chicletes de bola, canetas e até cabides de roupa Monkees. Ao final do ano, "I'm A Believer" foi direto para número um, vendendo mundialmente um total estimado em mais de 10 milhões de cópias. A esta altura o seriado já estava sendo vendido para outros países. Lançam "More Of The Monkees", seu segundo LP e a banda pressiona os produtores por uma participação maior nos discos.

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A extensão do potencial de venda dos Monkees foi de longe superior ao que seus produtores anteciparam. Rafelson e Schneider encontraram-se numa situação inesperada. Embora o programa de TV vendesse muito bem, eles faziam muito mais dinheiro com os discos. Os discos também eram os responsáveis pela maior divulgação, tanto na TV quanto nas rádios que pertenciam à rede Screen Gems. Fica mais difícil ignorar as reclamações do grupo, em particular de Michael Neesmith, sobre sua participação mínima nos discos. Foi quando Neesmith ameaçou levar Rafelson, Schneider e a Screen Gems à justiça para explicarem como podia ser negada a participação ativa da banda na criação de discos que levavam o nome e fotos dos seus membros. Um escândalo acabaria com os ovos de ouro e era provável supor que perderiam a questão na justiça. Com isso Don Krishner perde poder e cai.

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Ao final de 1966 o grupo já havia filmado material suficiente para seis meses de futuros episódios deixando-os com bastante tempo livre. Passaram então a excursionar ao vivo. Com a Monkeemania, bastava pisarem no palco que a gritaria impossibilitava qualquer um de poder ouvir alguma coisa. A formação ao vivo basicamente ficava com Michael na guitarra, Tork no baixo e teclados, Dolenz na bateria e cantando e Jones cantando com uns chocalhos na mão e ocasionalmente posando de baixista. Empolgados com a aceitação do público, anunciam que nunca tocaram em seus álbums até então.

Com a queda de Kirshner e a carta branca dos produtores, os Monkees escalam Douglas Farthing Hatlelid, mais conhecido como Chip Douglas, como produtor. Chip lança o single "A Little Bit Me, A Little Bit You" que foi direto para número três e ficou variando nas paradas de sucesso por dois meses, ganhando outro disco de ouro. Infelizmente a imprensa preferiu o caminho do sensacionalismo em relação à revelação de que "nós não tocávamos em nossos discos" ignorando, ao invés de enaltecer, a coragem dos rapazes de vir a publico e contar a verdade.

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Os efeitos desta verdade não foram sentidos de imediato. "Headquarters", o terceiro Lp dos rapazes tinha uma venda antecipada de mais de um milhão de cópias e foi outro disco de ouro. Este disco, totalmente concebido e executado pelos Monkees, guiados e supervisionados naturalmente por Chip Douglas, é um disco muito melhor do que se poderia supor. "Headquaters" é um excelente display da capacidade de quatro indivíduos heterogêneos, unidos artificialmente, mas que souberam superar suas diferenças e tornarem-se uma unidade capaz de criar um disco de qualidade.

Com um ano e meio de existência, diversos discos de ouro na prateleira e a aceitação do público, apesar de a imprensa tentar diminuí-los, os Monkees sentem-se prontos para quebrar outro tabu. O novo LP, "Pisces, Aquarius, Capricorn and Jones Ltd", entra no mundo de letras subjetivas, psicodelismos, drogas, groupies, sexo e assuntos de cunho social. Praticamente tudo que eles evitaram mencionar anteriormente. Michael começou a cantar mais, coisa impensável nos tempos de Kirshner, e uma coleção de sessionmen foi utilizada, todos registrados na ficha técnica do disco, embora suas participações fossem pífias. Mickey toca mini-moog, a primeira vez que este instrumento é utilizado num disco pop. Davy descobre Harry Nilsson, um caixa bancário durante o dia, letrista e músico desempregado à noite, e grava sua "Cuddly Toy", o que dá a Nilsson seu primeiro impulso na carreira. O grande hit do disco foi "Pleasent Valley Sunday", que faturou outro milhão de cópias vendidas, rendendo outro disco de ouro.

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O início da queda começa com o fraco "The Birds, The Bees And The Monkees", que tem como carro chefe a canção "Daydream Believer", que chegou a número cinco e faturou outro disco de ouro. Lançam outro single, "Valeri", que chega a ouro também. Porém o disco como um todo é disperso. A sensação é de que cada membro está querendo ir para um lado e os demais não conseguem (ou não querem) acompanhar. A popularidade do programa televisivo cai bastante e ao final de junho de 1968 é finalmente cancelado.

Os Monkees estavam sob contrato até 1969, e já haviam iniciado trabalhos preliminares para um filme de longa metragem. Foi rapidamente feito com Jack Nicholson na direção e participações de Frank Zappa, Sonny Liston e Victor Mature. Lançado no final de 1968, o filme simplesmente intitulado de "Head" foi crucificado pela crítica especializada. Foram taxados de incoerentes e excessivamente nonsense. Os Monkees pareciam querer exorcizar sua imagem de "ídolos dos pré-adolecentes" num só tiro. Lançaram a trilha sonora, com o mesmo nome "Head" que teve em "The Porpoise Song" um sucesso moderado sem chegar nem perto dos vinte mais da parada.

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Para piorar a imagem com seu público lançam o single "D. W. Washburn" num retrocesso assustador, comparado ao progressivo psicodelismo que faziam até então. Será que eles propositadamente estavam querendo acabar com suas carreiras? Singles subsequentes passaram despercebidos. Ainda em 1969 trabalharam num ambicioso espetáculo televisivo chamado curiosamente de "33 & 1/3 Revolutions Per Monkees" que continha as participações de The Buddy Miles Express, Jerry Lee Lewis, Fats Domino, Little Richards, Julie Driscoll e The Brian Auger Trinity e foi produzido por Jack Good. O show apresentou canções novas e interessantes dos Monkees mostrando que eles ainda tinham um caminho a trilhar. Mas escolheram não mais trabalhar juntos como quarteto. Ao término deste programa, Peter Tork decidiu que já era hora de pegar seu boné e sair. Os demais lhe deram um relógio de ouro com a inscrição "Para Peter, dos rapazes lá do escritório" - e ele nunca mais gravou desde então.

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Os três Monkees restantes cooperaram em outro álbum, "Instant Repley", com material de cada Monkee individualmente, sem que os outros dois participassem. Outras canções como a "Teadrop City" são sobra do material gravado em 66. O disco foi um fiasco completo porém o trio continuou junto por mais uma última tentativa: a razoável "The Monkees Presents Mickey, David And Michael". O titulo já deixa claro que um álbum solo de cada está por vir. Mas o disco é bem melhor do que o anterior e teve como carro chefe "Listen to The Band", que antecipava o novo projeto de Michael Neesmith, a First National Band, que ele formou imediatamente após deixar os Monkees, no final de 1969.

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Mickey Dolenz e Davy Jones, ainda inseguros para assumir alguma carreira solo, continuam a usar o nome Monkees. Afinal eram atores antes dos Monkees e seriam sempre vistos como músicos após os Monkees, embora mal soubessem tocar algo além de chocalhos. Eles se juntam a Jeff Barry com quem haviam trabalhado antes em "I'm A Believer". Barry a esta altura era um renomado fazedor de sucessos, produzindo coisas como "Sugar, Sugar" com os Archies, que são uma banda ainda mais inventada, já que são representados por um desenho animado e sequer existem como pessoas. O trabalho deu a luz ao LP "Changes", que pode ser considerado razoável, mas que não vendeu nada. Com mais este fracasso, acabaram-se os Monkees.

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A Colagens ainda lançou uma coletânea, "Golden Hits", antes de ser vendida para a Bell Records em 1970. Peter Tork conseguiu muito pouco com seu novo grupo Release, que no final das contas, não lançou nada. Passou boa parte dos anos setenta com um grave problema de alcoolismo. Foi visto tocando certa vez no CBGB's, templo punk de New York, mas não seguiu adiante. Ocasionalmente é visto tocando material variado, incluindo antigos sucessos dos Monkees.

Michael Neesmith na década de setenta chegou a lançar treze LP's, bem mais que os Monkees. Tornou-se um pequeno empresário fundando o selo Pacific Arts, com sua base em Camel na Califórnia.

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Davy Jones e Mickey Dolenz lançaram diversos singles durante os anos seguintes, sem nunca colher um verdadeiro hit. Uma melhor fase foi quando os dois se juntaram novamente em 1976, com Bobby Hart e Tommy Boyce, os dois principais letristas da primeira fase dos Monkees. Proibidos de se chamarem Monkees, excursionaram como Dolenz, Jones, Boyd e Hart tocando em parques de diversões por toda a América. Em 1980, Dolenz e Jones voltaram a trabalhar juntos, desta vez na peça musical "The Point", escrita por Harry Nilsson. A peça foi encenada em Londres com sucesso.

Ao final dos anos oitenta, inflamados pelo assédio popular causado pela retransmissão dos seriados remasterizados pela MTV americana, os Monkees voltaram a gravar juntos, porém sem Michael, lançando o pequeno sucesso "That Was Then And This Is Now". Michael, ao que parece, com a morte de sua avó, herdou os diretos da patente do Liquid Paper e continua muito bem, obrigado. No meio musical é tratado como um respeitado músico cult, embora o mesmo não se possa falar dos Monkees.

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É impossível para os Monkees sustentar a imagem que se criou deles. Sempre foram discriminados pela imprensa especializada que, ao que parece, vê algo de imoral em pura alegria pop. No entanto, foi o estigma de serem criados artificialmente para um programa destinado a pré-adolecentes que nunca conseguiram sobrepujar. Felizmente temos os discos que comprovam seguidamente que a música sobrevive ao tempo. Mais do que a trilha de um seriado antigo, a música dos Monkees é a constatação do poder e do talento de quatro indivíduos que puderam sobrepor patrões autoritários e mesclar suas diferenças em uma unidade funcional, mesmo que por um breve período de tempo.

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Em tempo, talvez valesse lembrar de que três bandas foram declaradamente influenciadas pelos Monkees: The Ramones, The Buzzcocks e The Smiths.

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Sobre Márcio Ribeiro

Nascido no ano do rato. Era o inicio dos anos sessenta e quem tirou jovens como ele do eixo samba e bossa nova foi Roberto Carlos. O nosso Elvis levou o rock nacional à televisão abrindo as portas para um estilo musical estrangeiro em um país ufanista, prepotente e que acabaria tomado por um golpe militar. Com oito anos, já era maluco por Monkees, Beatles, Archies e temas de desenhos animados em geral. Hoje evita açúcar no seu rock embora clássicos sempre sejam clássicos.
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